sexta-feira, 2 de agosto de 2019

OLHAR AS CAPAS



Há Uma Estética Neo-Realista?

Mário Sacramento
Capa; Fernando Felgueiras
Cadernos de Literatura nº 1
Publicações Dom Quixote, Lisboa, Maio de 1968

Está dito e redito que onde a arte se remete à expressão dum impasse, pingueponga em espelhos paralelos o ar rarefeito duma agonia. Em contrapartida, onde o realismo parte do conhecimento objectivo para a expressão directa do factual, é linguagem híbrida. O neo-realismo português tem kmuito disso, expressão circunstancial que é. Ao procurar-lhe, nas páginas que vão ler-se, uma matriz estética, abstraí desse caduco e procurei delimitar o que nele reascende do impacte científico à especificidade literária.
Processo em marcha ainda, deixo o seu encadeamento para o estudo histórico que um dia terá de fazer-se. Concebido como depoimento pessoal para um livro de colaboração colectiva que não chegou a sair, o presente ensaio é o que é e nada mais. Aos que fiquem decepcionados só há que dizer: tirem dos seus tinteiros o que aqui não coube.

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