quarta-feira, 28 de setembro de 2011

BB


Por ela, o mundo girou mais rápido; por ela, SaintTropez é o que é, e um dia passei por lá a correr e digo que aquilo não é nada; por ela, o biquíni, mundo fora, invadiu praias e piscinas; por ela, Roger Vadim explicou, em filme, porque Deus criou a mulher; por ela. Serge Gainsbourg, que um dia, disse “Nunca enganei ninguém, a não ser os que estavam errados acerca de mim”, compôs “Je t’aime… moi non plus”, uma canção para ser ouvida pelos tempos fora; por ela, em 1970, o escultor francês Alain Gourdon usou-a como modelo para o busto de Marianne, o emblema nacional da França; por ela, John Lennon e Paul McCartney fizeram planos para um filme; por ela Bob Dylan compôs a sua primeira canção, Dylan que, perguntado por John Kennedy, o que era necessário para a América crescer, respondeu: “Dear John: Brigitte Bardot e Sophia Loren”.
Misto de leviandade e, provável ingenuidade, por tanta coisa, marcou o final dos anos 50, mas nunca como actriz de cinema, muito menos como cançonetista.

Hoje, após outras visitas, está casada com Bernard d’Ormale, ex-conselheiro político do extremista-de-direita-qause-nazi, Jean-Marie Le Pen, defende os animais, mas insurge-se contra os imigrantes islamitas que vivem no país e tece duras críticas e ofensas aos homossexuais.

Numa canção, do brasileiro Zeca Baleiro pode ouvir-se:

“ a saudade / é um trem de metrô
subterrâneo obscuro / escuro claro
é um trem de metrô / a saudade
é prego parafuso / quanto mais aperta
tanto mais difícil arrancar
a saudade / é um filme sem cor /
que meu coração quer ver colorido
a saudade / é uma colcha velha
que cobriu um dia / numa noite fria
nosso amor em brasa / a saudade
é Brigitte Bardot / acenando com a mão
num filme muito antigo.”


Legenda: BB e Serge Gainsbourg, nos anos de brasa, à saída de uma festa.

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