quinta-feira, 1 de setembro de 2011

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Todos os anos, por Setembro, a Festa do Avante abre as suas portas.

Música dos mundos espalhada por todos os cantos de uma festa de que não há outra igual

Amanhã, pelas 21,30 horas, no Palco 25 de Abril, a 2ª Gala de Ópera.

As palavras de João Maria de Freitas Branco, tiradas daqui, mostram a importância, sobre todos os aspectos, desta gala com vista para o Tejo:

"É um Portugal afligido por uma das mais profundas crises de toda a sua história que vai acolher a Festa deste ano. Tal facto motiva-nos a cuidar ainda mais do caro torrão lusitano, fomentando o espírito patriótico, não na acepção nacionalista patrioteira inculcada pelo Estado Novo, senão que em sintonia com a elevada noção camoniana de patriotismo. Concepção essa que, ao invés do propagandeado nesse passado ditatorial de triste memória, é factor unitivo, universalizante, elemento fautor de concórdia e diluente de fronteiras, concorrendo para a aproximação dos povos e para o diálogo intercultural.

O autêntico patriotismo é o que, à luz dos valores do humanismo, universaliza as qualidades de uma Nação.

Imbuído deste espírito que a crise convoca, o mega espectáculo de abertura volta a trazer a ópera à Festa, depois do sucesso alcançado em 2009 Mas desta vez a gala é, pela sua dimensão assim como pelo seu conteúdo artístico, bem mais ambiciosa.

O espectáculo oferece-nos original combinação ente dois universos: o da ópera e o da sinfonia. Será por isso gala lírico-sinfónica invulgar, desde logo pela sua rica diversidade: trechos célebres do reportório lírico reúnem-se com outros desconhecidos do não iniciado. Como se isto não bastasse, o programa inclui ainda canções populares e peças corais sinfónicas que não são ópera. Teremos assim, uma articulação não só inédita em espectáculos desta natureza como também de elevada exigência técnico-artística para os seus protagonistas (maestro, cantores, orquestra, coro) Um estimulante desafio que Avante! e Ginásio Ópera (co-produtores do espectáculo) quiseram enfrentar com entusiasmo criativo.

Fazendo jus ao tema eleito, o concerto inicia-se com a Sinfonia à Pátria, obra que traduz em música o patriotismo humanista legado por Camões. Depois entraremos no espaço da ópera com apresentação de variado leque de emoções e sentimentos suscitados pela pátria. Algo que também nos será trazido à presença por intermédio de outras formas artísticas, edificando-se desse modo uma unidade estética entre ópera, música sinfónica, canção popular, música coral.

Queremos acreditar que o concerto será uma novidade propiciadora de mais uma enriquecedora experiência artística a inscrever-se na honrosa tradição cultural a que a Festa do Avante nos habituou.”

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