O Alexandre O’ Neill dizia, em 1982, que o Partido Socialista não era um partido, antes uma frente: «e às vezes um guarda-chuva».
A coisa complicou-se
quando Mário Soares, em busca de outros horizontes políticos e económicos,
entendeu meter o marxismo na gaveta. Nunca de lá saiu e pelo meio, para além de
outras «habilidades» aproveitou para ir buscar Ricardo Salgado ao Brasil, onde,
após Abril, se refugiara e ao país regressou e que redundou no que agora
sabemos, e não sabemos tudo...
Tirando Jorge
Sampaio que, por iniciativa própria, se tornou Presidente da República, o PS,
em candidaturas presidenciais, sempre foi um desastre. A última foi não ter apoiado Sampaio da Nóvoa porque António Costa, por motivos que, no decorrer dos
dias se foram tornando claros, não quis chocalhar o saco de gatos ou, para
voltar a O’ Neill, o guarda-chuva.
As próximas
eleições presidenciais são, «apenas» para o início do próximo ano, mas já vai
por aí uma chinfrineira em que se destaca um ex-almirante que foi para férias e
se mantém calado, ninguém sabe o que pensa, ou não pensa, mas o que ressalta é
que Pedro Nuno Santos não consegue domar os diversos grupos e grupinhos que pululam
no Largo do Rato.
No meio de toda
a confusão aparecem, como putativos candidatos, António Vitorino, «não há
festa nem festança onde não apareça a dona Constança», o trauliteiro Santos
Silva e… António José Seguro.
Amanhã há
reunião magna no Largo do Rato para discutirem ninguém sabe bem o quê.
E volta-se, nos
corredores, a falar em Sampaio da Nóvoa.
Ainda por ali
existirão velhos caturras que acreditam, não só na democracia, mas também na luta de classes, na autogestão?
Sérias
dúvidas!...
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