quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

VELHOS RECORTES


 

A Abril em Maio foi uma das muitas actividades que Eduarda Dionísio desenvolveu, ao longo da sua vida, no campo cultural. A Eduarda Dionísio deixou-nos em Maio de 2023 e como último grande trabalho deixou-nos a Casa da Achada onde se encontra o espólio, devidamente tratado e catalogado, de seu pai, o pintor e escritor Mário Dionísio.

A Wikipédia diz-nos o que foi a Abril em Maio:

«A Abril em Maio é uma associação cultural fundada em 1994, por ocasião dos vinte anos do 25 de Abril. Materializou, ao longo destes anos (1994-2005), um projecto singular de associativismo e de intervenção cultural que se inspirou na memória do movimento popular que marcou a revolução (em especial na sua dimensão emancipatória), tendo vindo a afirmar-se desde a sua fundação como uma alternativa às lógicas culturais de mercado. Daí que na declaração de princípios desta associação se leia: "À Abril em Maio não interessa o cultural em que a cultura se transformou, mas a cultura enquanto conjunto de saberes, de saberes-fazer e de saberes-viver, fundado numa prática colectiva em que os indivíduos e os grupos são actores da sua própria existência. À Abril em Maio interessam, sim, os produtos culturais (e muitos deles são arte) que, pelo modo como são produzidos e reproduzidos e o valor de uso que podem ter, resistem à instrumentalização política e económica. Aqueles que, de uma maneira ou de outra veiculem ideais de solidariedade e cooperação, visando a transformação, e que combatam o autoritarismo, a ideologia competitiva, o discurso dominante e os ditames do mercado. À Abril em Maio interessa o trabalho dos intelectuais e dos artistas que, em vez de aceitarem, aprovarem e aplaudirem a ordem estabelecida, a contestam, a criticam e tentam combatê-la.»

Estes dois velhos recortes são textos de José Duarte e Manuel Gusmão pedindo desculpas por não conseguirem mais colaboração para a Abril em Maio. Creio que também existe um texto do Vitor Silva Tavares sobre os mesmo pedido de colaboração da Eduarda, mas, apesar de voltas e mais voltas, não o encontro.

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