Sim,
quantas vezes eles andaram naquele Elevador, mais subidas que descidas.
Não
conseguem, agora, saber a data em que a fotografia do Elevador da Glória, com o
assador das castanhas em fundo, foi tirada.
Dado
o fumo das castanhas, talvez um tempo outonal/invernoso.
Mas foi a 3 de Setembro que a tragédia se abateu sobre o velho Elevador da Glória.
«Foi numa quarta-feira, a 3 de Setembro, com o país regressado de férias,
mas com Lisboa ainda repleta de veraneantes, que o elevador da Glória salta
para as páginas dos jornais de todo o mundo. Aquilo que era para ser mais uma
das 87 viagens diárias de rotina do elevador mais conhecido de Lisboa, acaba em
tragédia quando um dos dois veículos se desliga do cabo que o sustentava (e
rebocava) e corre desgovernado pela Calçada da Glória abaixo embatendo numa
esquina e em dois postes de electricidade, provocando a morte de 16 pessoas.
As ondas de choque deste acidente dominariam as notícias e a vida política do
país durante semanas. O elevador da Glória transportava 3 milhões de
passageiros por ano, na sua maioria estrangeiros e era um ícone da capital
portuguesa. Num país europeu, considerado seguro, não era suposto que o cabo de
um equipamento tão importante se desligasse do veículo e o deixasse à solta,
fora dos carris, sem outra redundância eficaz para o fazer parar.»
Quanto
às indemnizações, a que todas as vítimas da tragédia têm direito, deverão
decorrer ainda muitos anos para que isso venha a acontecer, uma lonjura de
tempo em que as companhias de seguros são exímios mestres.
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