quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

QUOTIDIANOS


Na pastelaria do bairro, na hora do “croissant” misto e do galão – “com café de máquina”, sr. Dias, por favor – alguém pediu a Rui Tavares, eurodeputado do Bloco de Esquerda, que lhe explicasse, como se ele fosse uma loura muito burra, aquela história da moção de censura ao governo de que falou o Dr. Louçã.
No dia seguinte, Rui Tavares, no “Público”, dizia a esse alguém:

“Tento aplicar o meu critério à recente moção de censura do Bloco de Esquerda e, infelizmente, não me dá nada. Tento pegar-lhe por várias pontas, e não há ponta por onde se lhe pegue. Nada muda se a moção perder. O governo fica no lugar, e é provável que dure até mais tempo. Se a moção ganhar, tudo muda — para pior, com um governo ainda mais à direita. Resta uma explicação "instintiva", a de que o BE se quis livrar do vírus da colaboração com o PS, no rescaldo das presidenciais. Isto seria uma dupla crise de confiança: do bloco em si mesmo como oposição; e do eleitorado no bloco como partido compreensível.”

Legenda: Fotografia de Luís Miguel Mira em “Crónicas da América”

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