domingo, 8 de maio de 2011

FESTA DOS LIVROS


O ex-banqueiro Paulo Teixeira da Cruz, proprietário do grupo Babel, disse que o próximo ano será o último em que a Feira do Livro se realizará nos actuais moldes, mas não adiantou pormenores.
Por mim, aprovaria a realização de duas feiras. Uma dos editores que gostam de livros, outra dos editores que apenas gostam do lucro que os livros lhes trazem.
A Feira tal como está é um desastre.
Os três grandes grupos, “Leya”, “Babel”, “Porto Editora”, construíram autênticos “bunkers,” com seguranças, sensores contra roubos, enormes filas a acumularem-se junto às caixas para pagar os livros.
A Feira é uma festa.
Mas olhar os livros, folheá-los, nestas condições, sem qualquer ponta de serenidade, é um pequeno horror, mesmo um inferno.
Avancem com a ideia das duas feiras. E já para o ano.
Os que gostam de livros, agradecem.

4 comentários:

ié-ié disse...

Estou de acordo! Também pensei isso, mas o defeito, companheiro, se calhar, é nosso, por irmos à Feira ao fim de semana... Intratável!

LT

ié-ié disse...

Tenho pena que aquele m* não tivesse apitado quando saí de um dos "bunkers". Ai dava o troco, dava! Incomodou-me imenso aqueles gorilas ao pé dos sensores...

LT

sammypaquete disse...

Ir à Feira do Livro em fim-de-semana para ver livros, nunca. Ir no sábado apenas teve o objectivo de fazer os "bonecos". Mas gosto de ver a feira cheia de putos. Se em cada feira, dos putos que a visitam, nascer um gostador de livros e de leitura, nada se perde. Mesmo nada.
Não esqueço nunca, a minha filha com cinco anos, após visita ao espeço dos livros infantis, e eu feito idiota a perguntar qual a barraquinha que ela gostara mais e uma resposta muito pronta: "Da dos "Olás!"

sammypaquete disse...

Então o "Bunker" da "Babel" é uma coisa que só visto. Aquele longo corredor, estreito até não poder ser mais, só cabe na cabeça de alguém que não sabe o que são livros ou qual seja o objectivo de uma Feira de Livros.
No sábado tentei entrar, apenas para "apanhar o pulso" e não consegui, tal a qauntidade de gente e empurrar-se.
A todo o momento admiti chegar a ouvir pela instalação sonora:
"Este comboio destina-se a Auschwitz."