domingo, 2 de junho de 2013

GATO ESCONDIDO COM RABO DE FORA...


A última crónica do Ricardo Araújo Pereira, na Visão, encerra duas histórias.

Uma:

Um homem vai ao médico e diz: "Doutor, estou deprimido. Preciso de ajuda." O médico concorda: "O seu caso é muito grave. Só há uma solução para si: tem de ir ver o palhaço Grimaldi." "Mas, doutor, eu sou o palhaço Grimaldi."

Outra:

Doutor, estou a promover um livro numa época em que as pessoas compram muito menos livros. Preciso de ajuda." O director da agência concorda: "O seu caso é muito grave. Só há uma solução para si: tem de criticar o Miguel Sousa Tavares." "Mas, doutor, eu sou o Miguel Sousa Tavares."

Miguel Sousa Tavares acaba de publicar o seu último livro: Madrugada Suja.

Segundo os tops que as editoras bichanam para os jornais, o livro ocupa o primeiro lugar de vendas.

Para fazer realçar mais a figura, vender melhor o livro, Miguel Sousa Tavares, chamou palhaço a Cavaco Silva.

O pagode delirou e isso colocou-o nas manchetes dos jornais e das televisões.

São sempre curiosas as camapnhas publicitárias do escritor Miguel Sousa Tavares.

Corria Outubro de 2008 e Miguel Sousa Tavares estava para publicar um livro, ou andava às voltas com um livro, ou as vendas de outros livros estavam em baixa, qualquer coisa…

De repente surge nos jornais a notícia de que alguém assaltara a casa de Miguel Sousa Tavares, mas apenas levara o computador, onde estavam anichados dois ou mais livros.

Recordo-me do apelo lancinante que Sousa Tavares dirigiu ao eventual gatuno: Venha cá, escolha o que quiser, mas devolva-me o meu trabalho

A casa de Miguel Sousa Tavares situa-de na Lapa e pelo que se pode imaginar bem recheada, mas o alegado gatuno não levou o dragão de ouro do Futebol Clube do Porto, nem aquela pedra trazida do deserto, ou o frasquinho que guarda aquele pedacinho de areia da praia de uma qualquer ilha grega, nem um lenço de Marraquexe, possivelmente o carro alto topo de gama estaria na garagem, quaisquer outros valores que estivesse pela casa. 
Não. O alegado gatuno limitou-se a levar o computador, sabe-se lá com que inconfessáveis fins…

Pior sorte teve D. Alfredina, vizinha do prédio ao lado: enquanto foi ao Minipreço, os gatunosentraram-lhe em casa e levaram jóias, dinheiro, diversos valores. Tudo porque D. Alfredina também não escreve livros, nem tem computador.

Ficamos a aguardar qual será a próxima manobra publicitária de Miguel Sousa Tavares, ou da agência que lhe cuida da imagem…

Sem comentários: