terça-feira, 25 de agosto de 2015

POSTAIS SEM SELO


Nunca senti necessidade de remoer momentos tristes. Acontecem. Passam. Eu ando para a frente. Construo. Nunca fui de me sentar a suspirar por tempos idos. Suspirar por quê? Pela inocência perdida? Por tempos mais simples? Eu não perco tempo a pensar no destino ou no fado – fado, em português, quer dizer destino. Quem diz que acredita no destino quer é justificar os seus próprios fracassos. Não lhe parece? Ou serei um ateu?

Robert Wilson em A Companhia de Estranhos

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