domingo, 11 de setembro de 2022

CONVERSANDO

Essa triste personagem que dá pelo nome de Isabel Jonet, dona do Banco Alimentar Contra a Fome, sucessora-mor das tipas do salazarista movimento nacional feminino, e não sabe, ou não quer dizer,  mais o quê, face à esmola que o governo de António Costa deu aos portugueses, diz-nos que é necessário explicar às pessoas que «Quando se atribui uma ajuda deste tipo, única, é importante fazer uma pedagogia e explicar às pessoas que não podem ir gastar estas verbas todas de uma só vez até porque isso pode ter um efeito que é contrário ao nível da inflação.»

Há manhãs em que lhe apetece enfrascar-se como um velho cossaco.

Mas perde-se a ler jornais antigos. 

Num deles, este final de crónica de Ana Leonardo Coimbra:

«Creio que foi no livro onde se reúnem as conversas travadas entre Marguerite Yourcenar e Matthieu Galey durante longos anos (De Olhos Abertos, Relógio d’Água, 2011) que li, apadrinhada pela autora do extraordinário A Obra ao Negro, a seguinte ideia: temos a obrigação moral de morrer menos estúpidos do que nascemos.

Yourcenar dizia-o, claro, de modo mais sofisticado, decerto mais luminoso. Trata-se de um propósito nobre. Tanto mais nobre, quanto inútil. Porque quando pensamos estar quase, quase, mesmo quase a ficar menos estúpidos (ou seja, mais gregos e socráticos…), Bumm! Crash! Palft! FIM e lá vamos nós navegando Lethes fora com a Ceifeira ao leme.»

1 comentário:

Seve disse...

Oh Sammy, por favor, enquanto que a Supico Pinto tinha apenas um ou dois pobrezinhos a seu cargo já viu quantos tem a Isabel Jonet...