E
prontos…
Como
escrevi por aqui, lá comprei o Tomo III da Conta-Corrente do Vergílio
Ferreira que inclui os diários de 1982 a 1992, que estavam em falta na
Biblioteca da Casa.
E
vim a arrastar as 1089 páginas do livro, e na viagem de metro, de regresso a
casa, fui folheando aqui e ali, finalmente a Conta-Corrente tem um
índice onomástico.
No
que, em diagonal, fui lendo, deu para confirmar, que tinha razões suficientes,
para não ter comprado os volumes publicados na década de 90.
E
lá voaram vinte e sete euros mais setenta cêntimos!...
Claro
que terá de existir uma leitura mais serena e cuidada, mas como o livro pelo
seu peso, não o poderei colocar debaixo do braço quando saio de casa, está ali na mesa
do cantinho à espera…
Razão
tinha Seve, o viajante deste Cais, quando escreveu um postal ao editor Francisco
José Viegas responsável na Quetzal pela publicação da obra de Vergílio
Ferreira:
«Caro Francisco José Viegas
Nunca saio de casa sem levar comigo um livro. Mas hoje, com grande desilusão
minha, verifiquei que um dos grandes "escritos" da língua portuguesa
foi editado como se fosse ser vendido para a construção civil (tijolo) em vez
de o ser para quem realmente o queira ler.
Perdoe-me meu caro mas ouso perguntar: dá algum jeito levar comigo para a
praia, para os transportes públicos, para ler nos momentos livres, aquele
tijolo que deve pesar, sem exagero, uns 2/3 kilos.
É um "assassinato" a publicação desta pérola da literatura portuguesa
num calhamaço destes, sem ponta por onde se lhe pegar, absolutamente editado
para quem não gosta de ler, intransportável para quem gosta de ler.
Perdoe-me o atrevimento desta minha opinião mas não podia deixar passar em
branco esta grande "asneira" editorial, porque realmente queria
possuir estes diários do grande Vergílio Ferreira, apesar de já os ter lido
todos (8), pela Biblioteca Municipal.»

2 comentários:
Se leu 8 volumes não leu todos. São 9! (5 - I série + 4 - II série)
É bem verdade, não li o 5º volume da I série.
A Biblioteca da Casa apenas possui os 4 primeiros volumes, também o volume único, até agora, do «Diário Inédito» (1944-1949) publicado em 2010 pela «Quetzal. Comprei agora o volume com os diários de 1989 a 1992. Para ter o 5º volume da «Conta-Corrente» teria de comprar o 2º tomo o que, pelas leituras que venho a efectuar do III tomo da obra, (desilusão… desilusão...) me parece uma quase inutilidade e com mágoa o digo, mesmo tendo em conta que Vergílio Ferreira não é o meu autor de primeira água.
Abraço.
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