sábado, 16 de março de 2013

NACIONALIZAÇÃO DOS SEGUROS


Continuavam os dias alucinantes pós 11 de Março de 1975.
Depois da nacionalização da banca, o país ficava a saber que o Conselho Superior da Revolução decretava que as companhias de seguros também eram nacionalizadas.
Na edição de 20 de Março da Vida Mundial podia ler-se o seguinte título:
Começou a revolução?
O mercado de seguros no nosso país era dominado por cinco grandes companhias: Império, Tranquilidade, Mundial, Confiança e Comércio e Indústria, basicamente controladas por cinco grandes grupos financeiros: C.U.F., Champalimaud, Espírito santo, Jorge de Brito e Pinto de Magalhães.
Só por si a Companhia de Seguros Império detinha cerca de um quinto do mercado e exercia, conjuntamente com a Tranquilidade e a Mundial, uma influência declaradamente do tipo monopolista.
Neste dia ficava saber-se que, após algumas hesitações, o governo brasileiro dava asilo político ao ex-general Spínola...
À chegada a São Paulo, Spínola apressou-se a desmentir que tivesse afirmado não  desejar voltar algum dia a Portugal, ao mesmo tempo que declarava que se dedicaria a «actividades intelectuais», com o propósito de escrever um livro: «Reflexões sobre os Dilemas do Mundo Contemporâneo».
Mas o antigo governador da Guanabara, Carlos Lacerda, afirmava, ao Jornal da Tarde, que o ex-general «está decidido a continuar a luta».

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