quarta-feira, 2 de maio de 2018

OLHAR AS CAPAS


O Homem da Cama nº 10

Mary. R. Rinehart
Tradução: Lourival Cunha
Capa: Cândido Costa Pinto
Colecção Vampiro nº 48
Livros do Brasil, Lisboa s/d

McKnigt aproximava-se gradualmente da conclusão do caso que tinha em mãos. Desagradou-me sempre, pela sua natureza, este género de questões, e depois do trágico acontecimento da carruagem-cama essa minha aversão transformou-se em repugnância. Quando ocorrem casos como este de que vos falo, no qual, por uma série de provas falsas, três pessoas estranhas, completamente estranhas, se vêem envolvidas num processo e acusadas de um delito do qual, em realidade, só uma era culpada – perde-se fé na eficácia dos procedimentos legais. Por isso, quando, ainda hoje, contemplo o rosto pálido de um preso por trás das grades da cela, sinto um calafrio enorme e invoco, com horror o extraordinário acidente do pullman  «Ontario», na noite de 9 de Setembro próximo findo.

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