Se percorrermos os diversos volumes do Diário de Miguel Torga,
nascido a 12 de Agosto de 1907 como Adolfo Correia da Rocha, verificamos que,
regularmente, regista o seu dia de aniversário, mais melancolicamente do que
festivamente.
No ano de 1965 apenas deixou um poema, intitulado Desgarrada:
Na sina que me foi lida,
Este dia é sempre assim:
Sol na paisagem da vida,
E sombra dentro de mim.
Mas nesse mesmo ano, Neste Dia, encontra-se no Gerês a
passar férias e escreve:
«A prévia garantia do meu silêncio deve
excitá-los. Paciência.
Prefiro mil vezes voltar a outra face


3 comentários:
Os
Os seus diários são pérolas da literatura.
Gosto muito de diários!
Acima de tudo, gosto de livros, mas aprecio muito Diários, Biografias, Correspondências.
Não sei o que poderá estar a acontecer pela Fundação José Saramago para ainda não ter sido editada a Correspondência que Saramago manteve com os seus pares, a Correspondência que manteve com os seus leitores, tal como tantos vezes deixou consignado nos seus «Cadernos»!...
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