Nos teus ouvidos isto explode
de
amor, palavra ampola sob
os
astros funcionando abril à boca das cidades, dos
imperturbáveis
muros aos quais as crianças
que
de cristais nos punhos acontecem passam,
seus
chapéus brevíssimos, os indícios
de
nada, o modo de ler, de acender um texto
de
amor nos ouvidos, isto explode e entra
nesta
página o mar da minha infância, meigo
no
modo de lembrá-lo, lê-lo, de acender
de
carícias um texto na memória. De astros
as
ruas eram cheias que os cuspiam hoje
na
minha mãe de outrora, nas crianças de água, nos
pensamentos
nenhuns que eu punha em seus joelhos, em
seus
amáveis joelhos a que os astros acorriam,
minha
mãe que arranco ao sono, às areias virgens
das
palavras, que amanhecido eu gero, as mãos
tão
de repente em pânico nos muros.
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