Chegámos ao derradeiro volume da colecção sobre o 25
de Abril que o Público, durante 10 meses
andou a publicar.
Chama-se OÚltimo Dia da PIDE (26 de Abril no Porto).
Publicado em Outubro de 1974, O Último Dia da
PIDE: 26 de Abril no Porto reúne um conjunto de fotografias de António
Amorim, obtidas logo após o 25 de Abril. «As
imagens da PIDE-DGS no Porto estão indissoluvelmente ligadas a tantos vivos e
mortos que ali foram torturados. E será com a trágica recordação dessas imagens
que o povo português saberá dizer não ao fascismo. O fascismo não voltará a Portugal.
O fascismo não passará», escreve Raul Castro no prefácio do livro, que
conta ainda com poemas de Orlando da Costa, Luís Veiga Leitão, Egito Gonçalves,
Fernando J. B. Martinho, Fernando Assis Pacheco, João Rui de Sousa, Daniel
Filipe, Papiano Carlos e Luísa Ducla Soares, e depoimentos de ex-presos
políticos.
Há quem não saiba o que foi o 25 de Abril, há quem não
saiba o que foi a Pide.
Esta Colecção ajuda a que se possa voltar a um tempo de desespero, depois a um tempo em que a esperança percorreu as ruas e praças do país.
O que éramos?
O poeta Fernando Assis Pacheco, no poema A Minha Geração, escrito em 1963, recorda o que foi esse tempo:
A minha geração é de esperança,
de trabalho e esperança, e de canções
difíceis.
A minha geração escreve poemas
com o mesmo suor que ao calceteiro
corre da fronte, quando martela a rua.
Não deveis enganar-vos: cada verso
tem um selo fraterno caminhando
para a branca cidade sob o sol.
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