O maior número das casas em que viveu com os pais,
quartos alugados, diga-se, talvez uma dezenas situavam-se na Rua Morais Soares,
Rua Carrilho Videira, Rua Sabino de Sousa, Rua Heróis de Quionga, Rua Padre
Sena de Freitas, (« quando principiou a
guerra civil espanhola era aí que residíamos»),Rua Carlos Ribeiro («tinha eu 22 anos quando saí para casar com
a Ilda Reis»)
«Lembro-me de dormir no chão, no quarto
dos meus pais»
A primeira escola que frequentou foi na Rua Martens
Ferrão.
É aqui que se descobre, face à certidão de nascimento,
que o rapazito não se chama José de Sousa mas sim José de Sousa Saramago.
Tal como se pode ler em As Pequena Memórias:
«Que esse Saramago não era um apelido do
lado paterno, mas sim a alcunha por que a família era conhecida na aldeia. Que
indo o meu pai a declarar no Registo Civil da Golegã o nascimento do seu
segundo filho, sucedeu que o funcionário (chamado ele Silvino) estava bêbado (por
despeito disso o acusaria sempre o meu pai) e que, sob os efeitos do álcool e
sem que ninguém se tivesse apercebido da
onomástica fraude, decidiu por conta e risco acrescentar Saramago ao lacónico
José de Sousa que o meu pai pretendia que eu fosse.»
E chegamos à Escola Primária do Largo do Leão, para
onde José Saramago foi transferido depois de passar a primeira classe na escola
da Rua Martens Ferrão. Curiosamente, também na Escola do largo do Leão, andou
José Cardoso Pires.
Mas voltemos aos testemunhos das Pequenas Memórias.
José Saramago não consegue recordar o nome próprio do director da escola, apenas o raro apelido de Vairinho (hoje

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