A Lupa demora-se a ler alguns textos sobre os ataques aos trabalhadores imigrantes, onde ressalta aquela gente que se gangueniza «naquela coisa» e com o nosso primeiro-ministro rural a correr atrás, sem ninguém perceber com que fim faz essa corrida.
Por aqui temos um Ventura como o protagonista-mor «daquela coisa», as velhas dizem que é um bonitão. Em alguma Europa as novas ‘influencers’ da ultradireita são rostos femininos que promovem a extrema-direita, branquelas, olhos azuis e explicam, online, o papel que a mulher deve ocupar para “salvar o ocidente”. As mensagens anti-imigração, religiosas e supremacistas estão sempre presentes.
Do editorial do Público de hoje, assinado por David Pontes
«A tentação dos partidos sociais-democratas de seguirem as narrativas mais extremas em questões como a imigração ou segurança é uma constante, mesmo que a estratégia se tenha mostrado, persistentemente, ineficaz na tentativa de suster o crescimento dos populistas radicais. Basta olhar para os resultados de um ano de governação de Keir Starmer, no Reino Unido. É a direita que cresce e os trabalhistas que se dividem.Mas a maior cegueira política é fazê-lo num país que registou um novo máximo histórico no número de empregos e onde continua a faltar mão-de-obra, para áreas essenciais como a saúde, a construção civil ou as obras públicas. A vontade de dotar Portugal de um dos regimes mais restritivos na atribuição da nacionalidade pode soar bem à turba, mas mesmo que o país e a economia se consigam adaptar a menos imigrantes, como vaticinou o ministro Leitão Amaro, não o fará sem dor e danos profundos. Talvez os Estados Unidos, fonte de tanta inspiração política, nos venham a mostrar antecipadamente o resultado que podem ter estas políticas nativistas.»

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