sábado, 27 de fevereiro de 2010

O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?



Um pouco mais abaixo, a Aida fala de “Férias em Roma” com a Audrey Hepburn e o Gregory Peck. O tempo em que os filmes eram “com” e não “de”.

“Férias em Roma”, realizado em 1953, é um amável filme de William Whyler.


“Parece uma vespa” disse Enriço Piaggio quando viu o primeiro modelo do que é hoje um dos símbolos do século passado, e como “Vespa” ficou na História.


A "Vespa" nasceu em 25 de Abril de 1946.

A “Vespa” é também Audrey Hepburn e Gregory Peck nesse “Férias em Roma”, ou Nanni Moretti nos seus filmes “Querido Diário” e “Abril”.

Nunca fui a Roma, nunca irei, o meu orçamento já se vê em aranhas para ir comer uns filetes de tamboril à Trafaria, mas se a Roma fosse, entenderia que era de “Vespa”, por me parecer a melhor maneira, que percorreria a cidade. Aqui, para além dos orçamentos, nasceria outro problema: não tenho carta de condução. Mas deixem-me pensar que assim seria.


Diz quem por Roma andou, que se podem alugar “Vespas” por uma, oito, ou vinte e quatro horas e que as pessoas, esvoaçando nas "Vespas", cumprimentam-se umas às outras e até fazem corridas. Estou a vender peixe pelo preço por que comprei.

Em 2008, pelo Dia de São Valentim, a CNN revelava os 10 mais românticos filmes de sempre.

Estas coisas das listas valem o que valem, mas “Férias em Roma” aparecia em terceiro lugar. O primeiro lugar era ocupado por “Casablanca” de Michael Curtiz, a segunda posição por “Luzes da Ribalta” de Charles Chaplin, enquanto “Até à Eternidade” de Fred Zinnermann aparecia em quarto lugar.

No papel da princesa Anna, Audrey Hepburn, ganharia um Óscar pela sua interpretação. Tinha 24 anos.
João Bénard da Costa no seu “Muito Lá de Casa” escreveu que “durante muito tempo, mulheres assim metiam-me algum susto. Não sei se tinha medo de as partir a elas, ou medo que elas me partissem a mim.”.

Conta a lenda que Gregory Peck, apercebendo-se do seu soberbo trabalho, sugeriu que o nome de Audrey Hepburn, no genérico, aparecesse à frente do seu. Não é impunemente que sempre admiti que Gregory Peck era um verdaeiro “gentleman”.



Audrey Hepburn deixou aparições na tela que considero inesquecíveis, estarão mesmo gravadas na memória do cinema. Seria fastidioso enumerá-las, mas não resisto a recordá-la em “Boneca de Luxo” de Blake Edwards, à janela, de viola na mão, cantando “Moon River” que Henry Mancini compôs em estado de graça, possivelmente, apenas a pensar em Audrey Hepburn.

Truman Capote, o filme é baseado num dos seus livros, “Breakfast At Tiffany’s”, queria Marilyn Monroe para o papel feminino. Deram-lhe uma Audrey Hepburn, que veio a revelar-se deslumbrante de graça e leveza. Quase arriscaria a dizer que Audrey que parece ter nascido para todos os papeis que desempenhou no cinema, mas para este posso garantir que nasceu mesmo.

Como teria sido com Marilyn Monroe?

Apenas a imaginação nos pode conduzir a uma resposta, e, gostando também de Marilyn, delicio-me a pensar como efectivamente seria.

Todos os anos, reservo parte das noites de Inverno, para tentar fazer uma ideia, pálida que seja, de como seria.

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