À hora das trindades as moças conversavam de músicas antigas, filmes também antigos, fotografias, postais velhos, momentos que persistem em condensar anos inteiros, uma vida.
Lamentavam-se de tudo andar perdido por caixas e caixinhas, gavetas e arrecadações.
- Deviam fazer um blogue! Nem que sejam vocês, os filhos, os netos, os amigos os únicos leitores, disse-lhes.Porque mais importante que ter leitores é ter o prazer de escrever, de fazer coisas.
É um pensamento que aprendi muito cedo mas, há uns tempos, à conversa com Mr. “Ié-Ié”, a ideia veio à baila, ele pensava o mesmo, e as coisas ditas por outrem, assumem outra proporção.
- Só se nos ajudares – disseram quase em uníssono as pequenas.
-Why not?Partiu-se para o nome, para o modo de fazer, aquelas miudezas que são fundamentais para que um blogue aconteça.
Como dizem os alentejanos o prometido é como jurado , e aqui estou.
O blogue é das pequenas.
Mas qual o papel que me cabe?
Lembrei-me do começo de um livro giro , “Que Faz Correr Sammy” de Budd Schulberg:,
“A primeira vez que o vi, Sammy não podia ter mais do que 16 anos. Era um rapaz franzino, espécie de fuínha, vivo e manhoso. Sammy Glick estava encarregado de levar e trazer material entre a minha secretária e a do chefe de redacção. Mas sempre a correr, sempre com o ar de quem tem sede.
- Bom dia sr. Manheim – cumprimentou ele no dia em que nos conhecemos. – Sou o novo contínuo da redacção, mas não pense que vou aqui “secar” durante muito tempo.
- Não digas “secar” - respondi-lhe – ou então ficarás aqui para o resto da tua vida.
Obrigado, sr.Manheim. Foi para aprender que aceitei este emprego, sobretudo para lidar com as pessoas que escrevem. E também para aprender gramática e boas maneiras.”
Sammy o paquete, é uma coisa que me agrada, não sei bem porquê, mas fica assim.
Apareçam por aqui, digam coisas. Podemos estar no quintal, não ouvir a campainha, pelo que a porta está sempre aberta.
Sejam bem-vindos ao “Cais do Olhar”!
Fotografia tirada, em Londres, pelo Luís Calisto.
Lembrei-me do começo de um livro giro , “Que Faz Correr Sammy” de Budd Schulberg:,
“A primeira vez que o vi, Sammy não podia ter mais do que 16 anos. Era um rapaz franzino, espécie de fuínha, vivo e manhoso. Sammy Glick estava encarregado de levar e trazer material entre a minha secretária e a do chefe de redacção. Mas sempre a correr, sempre com o ar de quem tem sede.
- Bom dia sr. Manheim – cumprimentou ele no dia em que nos conhecemos. – Sou o novo contínuo da redacção, mas não pense que vou aqui “secar” durante muito tempo.
- Não digas “secar” - respondi-lhe – ou então ficarás aqui para o resto da tua vida.
Obrigado, sr.Manheim. Foi para aprender que aceitei este emprego, sobretudo para lidar com as pessoas que escrevem. E também para aprender gramática e boas maneiras.”
Sammy o paquete, é uma coisa que me agrada, não sei bem porquê, mas fica assim.
Apareçam por aqui, digam coisas. Podemos estar no quintal, não ouvir a campainha, pelo que a porta está sempre aberta.
Sejam bem-vindos ao “Cais do Olhar”!
Fotografia tirada, em Londres, pelo Luís Calisto.
Ainda um agradecimento ao Luis Pinheiro de Almeida que ajudou no “corte e costura”, ao António Abaladas, ao Carlos Garrudo, ao Luís Mira, pelas sugestões para o nome do blogue, tendo a escolha recaído numa ideia do Luís Mira.
3 comentários:
Welcome to the club!
LT
Toda a gente sabe que não sou um frequentador muito assíduo de blogues, mas não deixarei de vir cá bater à porta de vez em quando...
Espero que o espumante esteja sempre fresco e se possa fumar...!
Que se divirtam as "Manas" e nos divirtam a nós...!
Um beijinho do
Miguel
Olá às manas!
Gostei muito do que vi, o que abre o apetite para o futuro.
As fotos são belíssimas e a escolha do filme, não podia ser melhor. Também este é um dos filmes da minha vida.
Beijinhos e continuem.
Cristina
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