terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

OLHAR A FINITUDE

O meu pai dizia que nunca devíamos entrar na cozinha de um grande hotel.

O fotógrafo português Jorge Molder foi entrevistado pela revista “Pública” de 7 de Fevereiro.

Esteve seriamente doente, foi operado ao coração.

Perguntam-lhe se isso mexeu com os seus ritmos, se foi olhar a finitude.

Molder respondeu:

“É. Mas nessa altura lembrei-me de uma coisa que a minha mãe costumava dizer: se o restaurante é bom, não queiras saber o que se faz na cozinha. Quando fui operado, o professor José Fragata, que é uma pessoa extraordinária, bem me quis explicar o que me iam fazer; disse logo que não me interessava saber, que só me interessavam os resultados."

Legenda: Imagem da série “Não tem que me contar seja o que for”.Molder numa sala de cinema.
Fotografia retirada da citada entrevista na “Pública”

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