terça-feira, 15 de novembro de 2016

LER NÃO DÓI!


Marilyn lendo um livro ao contrário.

Mera caricatura.

Marilyn não foi a loura burra que durante toda a sua vida, Hollywood vendeu.
Marilyn lia, e muito.

Dizia mesmo que os livros eram a sua melhor companhia para as terríveis, devastadoras noites de insónia.

Após a sua morte, na sua casa foi encontrada uma biblioteca com mais de quinhentas obras e grande parte tinham anotações várias e estavam sublinhados.

Aparecem obras, entre outros, de James Joyce, Tcheckov,  Walt Whitman, Yeats, Beckett, Freud, Benjamin Spock, Graham Greene, William Faulkner, Aragon, Shakespeare, Somerset Maughan, Saint-Exupéry, Edgar Allan Poe, Dostoievsky, Flaubert, Bertrand Russell, Tolstoi, Robert Frost, Roger Vailland.

Gostava de Saul Bellow e Carl Sandburg, e tinha em Truman Capote um dos seus grandes amigos, par além de ter sido casada com Arthur Miller.

Em Librarything pode ser consultada a lista de alguns das obras da biblioteca de Marilyn.

Aas suas fotografias em que está a ler livros, o Ulisses de James Joyce, por exemplo, eram as suas favoritas, mas os jornalistas sempre entenderam que isso era uma mera encenação com vista a fugir à imagem da loura burra.

Enganaram-se.

Nunca a compreenderam.

As coi­sas nunca são o que pare­cem.

Sou uma dançarina que não sabe dançar, deixou escrito

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