quinta-feira, 16 de março de 2023

O FECHAR DOS TAIPAIS


 Marcelo Rebelo de Sousa, criticou os partidos à direita no parlamento por se terem oposto a que o Presidente do Brasil, Lula da Silva, discursasse na sessão solene do 25 de Abril.

1.

A Transtejo adquiriu a uma empresa espanhola dez catamarãs eléctricos por 52,4 milhões de euros para transporte de passageiros entre Lisboa e a margem Sul do Tejo, por concurso público internacional, mas apenas uma bateria — equipamento sem o qual as embarcações não podem navegar. Depois tentou comprar os nove acumuladores em falta, à parte, por mais 15,5 milhões, mas por ajuste directo, à mesma empresa. Para o Tribunal de Contas, que fez um acórdão demolidor a recusar o visto prévio à segunda aquisição, comprar catamarãs sem baterias é equivalente a comprar um carro “sem motor”, uma “bicicleta sem pedais” ou uma “moto sem rodas”.

A administração da Transtejo demitiu-se. O governo aceitou a demissão.

2.

No dia 11 de Março, quatro sargentos e nove praças não embarcaram no NRP Mondego para uma missão de acompanhamento de um navio russo, por consideraram que não existiam condições de segurança para a efetuar.

Entre as várias limitações técnicas invocadas pelos militares constava o facto de um motor e um gerador de energia elétrica estarem inoperacionais.

O Sr. almirante Gouveia e Melo disse aos jornalistas que «este acto vai ficar registado na nossa História porque um acto de insubordinação nas Forças Armadas é um acto de uma gravidade muito grande e nós não podemos ignorar.

No dia em que formos indisciplinados, no dia em que não acreditarmos na linha de comando, no dia em que essa linha de comando é subvertida, nós ficamos sem Forças Armadas.»

Os governos de Portugal há décadas que fazem enormes cortes nos dinheiros destinados às Forças Armadas. Razão mais que suficiente para não termos navios de guerra operacionais, nem aviões, nem tanques.

Soldados e marinheiros há muito que lutam para a obtenção de ordenados e subsídios que estejam de acordo com as responsabilidades que lhes são exigidas.

O sr. Almirante não devia ter dito o que disse, e nunca da maneira como o disse. São inquietantes as afirmações do sr. Almirante. A praça pública não pode substituir os tribunais.  

Sem comentários: