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A da“Livraria Anglo-Americana”, hoje está lá a “Caneças”, boutique do pão, uma fotografia do “British Bar” e outra do “English-Bar”.
Foram tiradas no mesmo dia cinzento, provavelmente no ano de 1977, mas nunca depois deste ano
Quando José Cardoso Pires desenha para a “Expo 98” o seu “Lisboa Livro de Bordo”, já o “English-Bar” não existia. Transformara-se na cervejaria que ainda hoje lá está. Daí que, no que ao Cais do Sodré diz respeito, Cardoso Pires apenas referir o “British-Bar” e o “Bar Americano” que ainda por lá se encontra mas não é nada do que era e que de bar só ficou o nome. Situa-se em frente à “Caneças”.
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Ponto de encontro, a qualquer hora do dia e da noite, de trabalhadores de agentes de navegação e agentes transitários, “ship-chandlers”, um pouco de tudo que à navegação, naquele tempo, dizia respeito.
O antigo dono levou o papagaio (ou arara?), bem como o relógio com os ponteiros a andarem em sentido contrário, relógio que aparece no filme “Cidade Branca" do Alain Tanner,
O problema do relógio o Silva resolveu: mandou vir um outro de Copenhague. Papagaio (ou arara?) nunca mais houve.
José Cardoso Pires no seu "Livro de Bordo":
“No British Bar os anos passam, as gerações mudam, vêm literatos, vêm contrabandistas, vêm estivadores à mistura com meninas de civilização, mas o espírito e a cor local mantêm-se inconfundíveis. Tem um sabor a cais sem água à vista, este lugar.”
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Para simplificar, dizer que era ali que parava o frequentado pelo patronato das agências de navegação.
Também tinha balcão e no bengaleiro estava pendurada uma bolsa com tacos de golfe.
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