quarta-feira, 16 de junho de 2010

BOLAS PRÓ PINHAL!

O futebol é mesmo um mundo completamente à parte.

Face à grave crise económica que vai pelo mundo, o futebol fica imune a esses pequenos problemas da economia.

Mas o governo francês como o italiano já vieram criticar o desperdício que rodeia as selecções, tanto no que toca aos prémios dos jogadores e seleccionadores, bem como os hotéis de luxo onde as equipas estão instaladas.

Dizem não perceber porque os futebolistas não participam no esforço que é exigido aos outros.
Alguém terá que lhes fazer um desenho, Como se não fossem os governos que fomentaram a promiscuidade entre a política e o futebol.

Decência é uma palavra que qualquer federação de futebol não sabe o que é.

O mesmo no que aos governos diz respeito.

Em Portugal o assunto não tem sido muito falado porque o Governo, neste momento, precisa mais da selecção do que de pão para a boca. Este será um tempo em que não se falará de crise, défice, dívida, o que quer que seja. 

Apenas futebol.

Desconheço os números que envolvem os custos da selecção portuguesa. Apenas sei que Carlos Queiroz é o sexto seleccionador de futebol mais bem pago do mundo.

Pode ser que com o descalabro futebolístico, que ontem se começou a desenhar no “Mandela Bay”, a coisa comece a ser falada.

Para já ficámos a saber que, no hotel em Port Elizabeth, Cristiano Ronaldo é o único jogador com direito a jacuzi.

Vá lá saber-se porquê!...


Aliás o circo que rodeia o futebol, e concretamente os campeonatos europeus e mundiais, chega a atingir a paranóia total.

Em 2006, durante o campeonato do mundo na Alemanha, a imprensa britânica analisou o comportamento das esposas, namoradas e amigas dos jogadores.

Ficaram todas colocadas no mais luxuoso hotel de Baden-Baden.

A directora da revista “Grazia” escreveu:

“Colocar todas estas mulheres no mesmo hotel é um pouco como o “Big Brother”.. Cada uma quer ter mais bronzeado, mais adereços, mais marcas sobre o corpo do que qualquer outra rival."

Os restaurantes e bares de luxo de Baden-Baden tiveram de alargar os seus horários habituais de fecho para poderem satisfazer as senhoras que não hesitaram em dançar sobre as mesas, esvaziar garrafas de “Veuve Clicquot” e pagar contas de milhares e milhares de euros.


O “The Sunday Times”, noticiou que um grupo de seis esposas e namoradas entrou numa boutique de luxo e gastou 90 mil euros em roupa e sapatos num abrir fechar de olhos.

A excêntrica Victoria Beckmana levou uma colecção de 60 óculos., a namorada de Gerard fez-se acompanhar por um terapeuta de bronzeamento, ido especialmente de Londres. Por um dia, um jacto privado transportou a namorada de Rooney a Liverpool porque precisava de mudar as extensões no cabelo
.
Suzanne Moore, colunista do “The Mail On Sunday” escreveu que estas esposas e namoradas dos jogadores “estão programadas para três coisas: sexo, bronzeado e compras. No fundo, elas odeiam-se e gastam o diminuto poder mental de que dispõem a decidir que “biquini” vão vestir.”
Estamos no pleno reino da indigência, da javardice .

Melhor se compreende o Mário de Carvalho quando diz que a maior alegria que lhe podiam dar era proibir a porcaria do jogo da bola.

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