Por Maio, algumas zonas da cidade, ficam mergulhadas no azul-lilás das flores dos jacarandás.
No meio do desespero dos dias que, governantes e banqueiros de pacotilha, nos impuseram, é confortante olhar os jacarandás de Lisboa e de imediato sabemos que não tarda o Verão.
Percorrer ruas, largos de Lisboa, escrever a crónica de um gosto, mais por imagens do que por palavras.
A enciclopédia da casa define jacarandá como uma árvore de folhas compostas, pertencente à família das Bignociáceas, que se desenvolve na América do Sul, principalmente no Brasil e Argentina. Fornece preciosa madeira escura a que se chama pau-santo.
O tempo errático, por vezes, altera o ciclo mas, normalmente, por meio de Maio já os jacarandás estão floridos. Assim duram quase um mês.
Há muitos anos que António Barreto, no seu “Retrato da Semana”, no “Público,” aponta, minuciosamente, a chegada das flores lilases do jacarandás.
De acordo com os seus registos já uma vez os jacarandás floriram em finais de Abril.
Este é o registo que fez no dia 5 de Maio de 2002:
“A vida tem sido difícil para os jacarandás. Depois de um ano frio e molhado, veio um seco e quente. Ambos em excesso. O ano passado, tiveram vida excepcionalmente curta. Este ano estão aí de novo. Vamos Ver. Mostraram-se esta semana. É um dos melhores momentos da vida de Lisboa.”
Possivelmente, a Avenida D. Carlos I, será a rua, em Lisboa, com maior densidade de jacarandás.
Também os podemos ver nas Trinas, na Rua do Salitre, na Rua Rodrigo da Fonseca, no Parque Eduardo ViII, na Avenida 5 de Outubro, no Largo do Rato, Santos, Belém.
Para o ano volto ao roteiro dos jacarandás de Lisboa.
Legenda: Fotografias tiradas, no dia 30 de Maio, na Avenida D. Carlos I
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