Gosto de futebol.
Gosto do Benfica.
A Selecção Nacional diz-me pouco, ou quase nada.
Não sou dado a patrioteirismos e lamento imenso não poder acompanhar a onda da selecção.
Tenho 79anos, não me sinto infeliz, apenas indignado, perplexo com muita coisa sim, mas isso não conduzirá a pôr-me a gritar à janela por “Portugal”.
Desculpem lá.
Quando foi o Mundial de 66 fiquei a saber que nunca mais veria nada como o que então vi, mesmo parecido. A televisão a preto e branco, aquele Portugal-Coreia do Norte, o tempo em que o “marketing” não era a alarvidade que hoje é, descaracterizando o futebol ao ponto não mais ser o que foi e de que aprendi, em miúdo, a gostar.
A ferocidade do “marketing”, o vale tudo, tem vindo a transformar o futebol, não num espectáculo, uma festa, mas numa indústria que apenas serve para encher os bolsos a uma quantidade, muito avantajada, de parasitas e alarves.
Anos atrás afligi-me com o facto de, por causa da selecção, o Sr. Scolari ter encharcado este povo de crenças e devoções e, pensei, que, depois dele, nada pior poderia acontecer.
Ingenuamente esqueci-me de Mr. Carlos Queiroz. Hélas!
Não é uma atitude ruidosa e folclórica, mas é um sorriso e uma maneira de estar que, tal como Scolari, me coloca no limiar do vómito.
Enquanto durar o Mundial, colocarei por aqui uns dispersos sobre futebol ou que à volta dele andam.
Serão as bolas que mandarei pr’o pinhal!
Sem comentários:
Enviar um comentário