Mais uma aproximação à publicidade dos patrocinadores da Selecção Nacional.
Esta apareceu antes da partida da Selecção para o Campeonato do Mundo realizado, em 2006, na Alemanha:
“até que a bola entre, até que o estádio se levante, até que se grite golo, até que o país se abrace, até que milhões de gargantas se unam, até que todos os cachecóis se agitem, até ao ponto final, até que a voz nos doa, até que o coração aguente, até ao minuto 90, até ao minuto 07, até que o árbitro apite e os carros também, até se gritar “Portugal, Portugal”, até que ninguém se cale, até que todos acreditem, até ao próximo jogo, até ao próximo golo, até Colónia, até Frankgurt, até que marquem tantos golos quantas letras há em Gelsenkirchen, até aos oitavos, até aos quartos, até às meias, até à final, até já”
Há longos anos, 6 de Junho de 1972, o poeta Ruy Belo escrevia no jornal “A Bola”:
“Quer-nos parecer que começa a ser tempo de o intelectual ou o artista irem perguntando a si próprios por que motivo o público que lhes falta esgota lotações dos estádios, num país subdesenvolvido do Ocidente ou numa república popular, pelo maduro prazer de assistir, durante noventa minutos, às aparentemente loucas correrias de um punhado de homens atrás de uma caprichosa bola de couro.”
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