O gin
está na moda.
Um projecto que,
segundo leio, chama-se Gin Lovers.
Tem site,
facebook, revista trimestral, bar próprio, loja online, workshops
e já instituíram o Dia Nacional do Gin, que não sei quando calha, porque
dias do gin são os dias todos do ano, assim o fígado deixasse.
O Mário
Henrique-Leiria se andasse por aqui talvez dissesse bem-vindos ao clube,
mas acrescentaria para não apaneleirarem a melhor bebida do mundo, uma coisa
simples de mais para lhe meterem acessórios como frutas exóticas, coentros e
rabanetes.
Gelo, rodela de
limão, casca amarela, aprisionada entre os cubos de gelo, gin e água tónica, de
preferência Schweppes que, lamentavelmente, por aqui não tem quinino,
apenas essência.
Parafraseando um
poema do Vinicius de Moraes: o gin é a arte do encontro.
A Raínha-Mãe,
que morreu com 101 anos, a mulher mais perigosa da Europa, no dizer do
déspota Adolfo Hitler, era uma pura e dura bebedora de gin.
Muito antes de
chegar ao Beefeater, ao Bombay, ao Tanqueray, andei em
iniciações com este Gin da Âncora, também o Bols, o inevitável Gordon’s.
O meu avô, nos
jantares de domingo, uma vez por mês, galinha assada no forno, bebia uma
gotinha de Genebra.
A garrafa durava
uma eternidade e, depois de vazia, servia de botija para as noites de Inverno.
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