sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

EUSÉBIO E O PANTEÃO


Soube-se esta semana.

Eusébio a caminho do Panteão. Processo de trasladação começa agora.

A família está de acordo e o Benfica também.

Um conjunto de deputados já fechou o texto, que é o primeiro passo para a trasladação de Eusébio para o Panteão Nacional.

O José Gomes Ferreira dizia que devíamos morrer de outra maneira – transformámo-nos em nuvem, por exemplo.

Não gosto de panteões. Muito menos para pessoas que admiro.

Envolve sempre pontas nebulosas, de hipocrisia, de oportunismo político.

Recorde-se  a polémica, no tempo de Nikolas Sarkoyy, da ida de Albert Camus para o Panteão.

Também não concordei com a transladação da Sophia de Mello Breyner Andresen, e estou certo que Sophia também não concordaria.

Quem ama o mar como ela amou, não gostaria de ser encafuada junto de alguma gente tão pouco recomendável.

O Panteão do Eusébio é o Estádio da Luz.

Foi ali que ocorreram as grandes tardes de domingo, as grandes noites de quarta-feira.

Eusébio como estrela de equipas de primeiríssima água.

É essa a minha memória.

Não quero outra.

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