quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

BOGART



Um milhão de whiskies, uma tonelada de cigarros, levaram-no aos 58 anos.

O que é que está toda agente para aí a sussurrar? Tenho um cancro. Por amor de Deus, não é uma doença venérea.

Casablanca não é uma obra-prima do cinema, mas um filme de cenas, e momentos inesquecíveis.
  
Casablanca é o meu pai a contar-me das manifestações de jubilo quando o filme estreou em 1945, no Politeama, dez semanas de exibições, Bénard da Costa dixit.

O meu avô também me falava desses momentos inesquecíveis, ele dizia sublimes.


De todos os bares do mundo ela tinha que entrar logo no meu.

É uma chatice, mas gosto de todos os filmes de Bogart, mesmo aqueles em que as coisas não lhe saem bem e ele parece que anda a navegar.

Mas há Ter Ou Não Ter, Bogart dizia que a rodagem do filme foi o tempo mais feliz da sua vida e Leonor Pinhão (post a seguir) fala dos quês e porquês deste filme único.

 Se precisares de mim é só assobiar. Sabes assobiar, não sabes, Steve? Basta juntar os lábios e soprar.
Dizia que não se deve confiar num homem que não beba, porque tem sempre qualquer coisa a esconder e, segundo a lenda, as suas última palavras terão sido que nunca deveria ter trocado o whisky pelos Dry Martinis.

John Huston na cerimónia fúnebre:

Não temos razões para ter pena dele, Mas sim de nós, porque o perdemos.

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