segunda-feira, 22 de novembro de 2021

QUE NOS PRENDE A UMA ESTRANHEZA

29 de Março de 1992

Houve um tempo em que festejavam o dia dos meus anos, hoje sou eu que os festejo, se assim se pode dizer, é como as carícias sobre o corpo, a mão de um outro vem sempre de uma distância definitivamente perdida no eco das nossas duas mãos, e é uma experiência diferente que nos prende a uma estranheza, e não uma festa triste que se arredonda à nossa volta.

Eduardo Prado Coelho em Tudo O Que Não Escrevi, II Volume 

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