domingo, 16 de outubro de 2022

CONVERSANDO


Quando por cá andou, Karl Marx disse que a religião era o ópio do povo.

Ler livros é um privilégio.

Ler alguns livros em determinados tempos, é mais do que isso.

Já por aqui escrevi que aceito, compreendo e respeito a fé de cada um.

Um dos livros herdados da biblioteca do meu pai, é um calhamaço, mais de 700 páginas, da Editorial Inquérito: A História das Religiões de Chantepier de la Saussaye.

Tinha os meus 17 anos, passei os olhos, apanhei o que consegui entender e, passados uns tempos, não lembro quanto tempo, comecei a ler o Albert Camus.

Quanto a religiões fiquei vacinado.

Respeito a fé, as crenças, tudo, de quem entenda a isso dedicar-se.

Gostaria que respeitassem o facto de não frequentar deuses, mas não acontece facilmente.

Só Deus sabe da tranquilidade do meu ateísmo e do respeito que tenho pela fé dos outros.

Sobre Deus há um poema dramático de António Rego Chaves:

Olhava o mar

As ondas

O último esgar

Dos afogados.

 

Dizia: não salvo.

Vejo e contemplo.

Como se fosse Deus.

Sem comentários: