sexta-feira, 7 de novembro de 2025

OLHARES


Até dia 31 de Janeiro está patente na Lisboa Social Mitra, ao Beato, a exposição “Francisco Sá Carneiro e a Construção da Democracia Portuguesa”, organizada pela Associação Cultural Ephemera, com curadoria e textos de José Pacheco Pereira.

 Grosso modo a Social-Democracia surgiu na classe operária no último terço do século XIX com o objectivo de chegar ao socialismo, na luta pela melhoria das suas condições de vida mas aos poucos forram-se tornando gestores dos interesses dos monopólios.

José Pacheco Pereira é de opinião que o PSD de Montenegro, o PSD dos últimos largos anos, não tem nada a ver com o partido criado por Sá Carneiro, Francisco Balsemão e Magalhães Mota, que nunca o consideraram um partido de direita, antes um parido de centro esquerda.

Através da Exposição pode ver-se o caminho de Sá Carneiro  antes do 25 de Abril e durante o PREC, como diversos documentos do espólio pessoal de Sá Carneiro guardado pela sua secretária pessoal, Conceição Monteiro.

Como conta José Pacheco Pereira:

«Em 2009, fui contactado por Conceição Monteiro que me perguntou “se eu queria uns papéis de Sá Carneiro”. Disse logo que sim, convencido que era uma pasta ou duas. Quando fui pela primeira vez a casa onde se encontrava o Espólio verifiquei que era o seu arquivo pessoal contendo documentos fundamentais sobre a história da democracia portuguesa, do PSD, e dos governos da AD, centrados na figura de Francisco Sá Carneiro, desde a década de 70, ainda em ditadura, até à sua morte em 1980.»

O cartaz que acima se vê, está numa das paredes da Exposição e mostra o que os seus fundadores entendiam do então PPD:

O PPD NÃO É UM PARIDO MARXISTA

O PPD NÃO È UM PARTIDO REVOLUCIONÁRIO

O PPD É UM PARTIDO DE CENTRO ESQUERDA 

O que nos coloca muito longe do que é o agora o PSD comandado por Luís Montenegro e seus rapazes, com um Pedro Passos Coelho, na sombra de uma esquina, a aguardar o tempo exacto de entrar em cena.

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