Até
dia 31 de Janeiro está patente na Lisboa Social Mitra, ao Beato, a
exposição “Francisco Sá Carneiro e a Construção da Democracia Portuguesa”,
organizada pela Associação Cultural Ephemera, com curadoria e textos de José
Pacheco Pereira.
Grosso
modo a Social-Democracia surgiu na classe operária no último terço do século
XIX com o objectivo de chegar ao socialismo, na luta pela melhoria das suas
condições de vida mas aos poucos forram-se tornando gestores dos interesses dos
monopólios.
José
Pacheco Pereira é de opinião que o PSD de Montenegro, o PSD dos últimos largos
anos, não tem nada a ver com o partido criado por Sá Carneiro, Francisco
Balsemão e Magalhães Mota, que nunca o consideraram um partido de direita,
antes um parido de centro esquerda.
Através
da Exposição pode ver-se o caminho de Sá Carneiro antes do 25 de
Abril e durante o PREC, como diversos documentos do espólio pessoal de Sá
Carneiro guardado pela sua secretária pessoal, Conceição Monteiro.
Como
conta José Pacheco Pereira:
«Em
2009, fui contactado por Conceição Monteiro que me perguntou “se eu queria uns
papéis de Sá Carneiro”. Disse logo que sim, convencido que era uma pasta ou
duas. Quando fui pela primeira vez a casa onde se encontrava o Espólio
verifiquei que era o seu arquivo pessoal contendo documentos fundamentais sobre
a história da democracia portuguesa, do PSD, e dos governos da AD, centrados na
figura de Francisco Sá Carneiro, desde a década de 70, ainda em ditadura, até à
sua morte em 1980.»
O
cartaz que acima se vê, está numa das paredes da Exposição e mostra o que os
seus fundadores entendiam do então PPD:
O
PPD NÃO É UM PARIDO MARXISTA
O
PPD NÃO È UM PARTIDO REVOLUCIONÁRIO
O
PPD É UM PARTIDO DE CENTRO ESQUERDA
O que nos coloca muito longe do que é o agora o PSD comandado por Luís Montenegro e seus rapazes, com um Pedro Passos Coelho, na sombra de uma esquina, a aguardar o tempo exacto de entrar em cena.

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