Sempre
me considerei de esquerda, nunca de centro-esquerda.
Isso
não invalida de modo algum que me interesse por tudo o que diz respeito à
história do meu país, a de ontem e a de hoje.
Pela
casa existe um vasto dossier sobre Francisco Sá Carneiro.
Por
mera curiosidade apresentarei dois ou três documentos, bem como pormenores de
uma entrevista de 3 páginas que Sá Carneiro deu ao República de 11 de
Janeiro de 1972 com o título: «Sá Carneiro – Até agora não vejo que tenham sido
realizadas as reformas indispensáveis no sentido de assegurar a efectiva
existência dos direitos e liberdades da pessoa, nem o equilíbrio dos poderes».
Alguns
destaques da entrevista;
«Um socialismo que
respeite a liberdade e a dignidade da pessoa humana e que seja, portanto, nesse
aspecto, um socialismo perfeitamente consentâneo com o personalismo parece-me
indispensável no mundo de hoje.»
«Se amanhã me pudesse
enquadrar em qualquer partido, estou convencido de que, dentro dos quadros da
Europa Ocidental, comummente aceites, iria pata um partido social democrata.»
«Não prevejo a
possibilidade de acção política depois de terminado o mandato.»
«Os partidos políticos
são uma constante que se tem revelado indispensável não só ao sufrágio, como à
própria existência de vida política ligada ao parlamentarismo.»
O
jornalista do República faz uma última pergunta a Sá Carneiro:
- O que irá pensar o
Prof. Marcelo Caetano se ler esta entrevista?
- Não faço a mínima ideia.
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