A Revolta de Maio em França
Jean-Paul
Sartre, Daniel Cohn-Bendit, Henri Lefebre
Tradução: Diana
Andringa, Teresa Duarte, Clara Felgueiras, Augusto Fitas, António Pescada e
Carlos Araújo
Capa: Fernando
Felgueiras
Cadernos D. Quixote
nº 11
Publicações Dom
Quixote, Novembro de 1968
De certo modo, na verdade, a revolução falhou. Mas só
falhou para aqueles que julgavam ter a revolução ao alcance da mão, que os
operários seguiriam os estudantes até ao fim, que a acção desencadeada em
Nanterre e na Sorbonne acarretaria um apocalipse social e económico susceptível
de provocar não só a queda do regime como também a desintegração do sistema
capitalista. Foi um sonho, e Daniel Cohn-Bendit, por exemplo, nunca pensou em
tal coisa. Pelo contrário, afirmou: «A revolução não se fará num dia e a união
dos estudantes e dos operários não é para amanhã. Não demos mais do que um
primeiro passo. Daremos outros.»

Sem comentários:
Enviar um comentário