Pedro Garcias no Público sobre o vinho:
«O álcool é uma das maiores contradições da vida. É alegria e tristeza, é paz e
violência, é bem-estar e doença. Mas é exactamente por isso que é tão humano.
Quem estiver disposto a viver num mundo sem álcool, força, siga em frente,
desfrute da sua liberdade. Eu não. Embora beba pouco, espero, enquanto a saúde
mo permitir, poder ter a opção de continuar a sentar-me numa esplanada para
beber uma cerveja e ver o mundo a passar, de gozar o prazer de beber um bom
vinho à mesa com amigos e família, e de continuar a maravilhar-me com as
paisagens vitícolas do mundo. Passo bem sem saloons, mas não desdenho
uma boa taberna, se servir uns bons petiscos. E também, já agora, para voltar
ao início, não fazia cara feia a uma esquerda cristã que não tivesse vergonha
de o ser. Até brindava com um bom vinho da Madeira.»
1.
Portugueses
bebem 11,9 litros per capita por ano, o pior resultado da OCDE, os portugueses
são os maiores consumidores de bebidas alcoólicas dos países da OCDE, estão
entre os mais sedentários e alimentam-se pior, sobretudo os jovens.
2.
Desigualdade
salarial faz mulheres trabalharem 64 dias por ano de graça
3.
Em outubro
aumentou o número de utentes sem médico de família atribuído, mas também subiu
o número de inscritos nos cuidados de saúde primários. Sem médico atribuído
estavam 1542988 utentes, mais 28754 do que no mês anterior.
4.
Os politólogos e comentadores descobriram, em triunfo,
que o maior partido da extrema-direita portuguesa, afinal, tem o seu calcanhar
de Aquiles: depende absolutamente do chefe. O chefe é o partido e o partido é o
chefe. Sem ele, o resto pouco vale. Escreve uma comentadora: «Ele e só ele.
Presidente da Câmara, deputado, primeiro-ministro, Presidente. Ele mesmo e
todos os seus ministros ao mesmo tempo.» Mas em que altura da história um
movimento fascista ou protofascista não dependeu exclusivamente do chefe? Essa
é a sua força. O contrário é que seria absurdo. Nestas eleições, o chefe,
justamente, ampliou ainda mais o seu poder.
Não é fácil acompanhar as análises sofisticadas dos nossos politólogos e
comentadores.
Rui Manuel
Amaral no Bicho Ruim
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