domingo, 21 de março de 2010

AYRTON SENNA

Poucas ou nenhumas afinidades tenho com automóveis. 

Acontece mesmo que nem carta de condução tenho.

Sem qualquer motivo especial, talvez passar o tempo, num domingo de chuva intensa, assisti, pela televisão, à prova de Fórmula 1, no Estoril, Abril de 1985, que Ayrton Senna venceu.

Por essa vitória, sob um temporal desfeito, passei a ver mais vezes as corridas de Fórmula 1.

Foi no 1º de Maio de 1994, quando estava a fritar bifanas na Alameda, que o Abílio me deu a notícia que o Ayrton Senna morrera.

Grande Prémio de S. Marino.

O seu Williams-Renault, a 300 Km/hora, não completa a Curva Tamburello, despista-se violentamente, ocasionando-lhe a morte.

Tinha 34 anos e já se consagrara três vezes campeão da Fórmula 1.

Dizem que Ayrton estava sempre ansioso para saber o que estava para lá velocidade.

Soube nessa tarde.

«Meu caro amigo, quando temos de ir, temos de ir. Não paramos para calcular o risco», disse, um dia, James Dean.

Com a sua morte deixei de ver corridas de Fórmula 1.

Já depois da morte de Ayrton,  deparei com A Bola de 25 de Abril de 1994.

A última página era dedicada ao início da fase europeia da Fórnula 1.

No capítulo de Confirmações e Desilusões do Mundial 94, Ayrton Senna tinha uma entrada.

A vida não estava fácil para Ayrton. O jornalista termina assim o texto:

«No meio de tudo isto, há, porém, uma certeza: Senna não é homem para se deixar abater por esta situação de desvantagem, preparando já a recuperação. E diz mesmo: “Pelo menos o Campeonato deste ano será mais animado que o do ano passado.»

Terríveis palavras…


Se fosse vivo, Ayrton Senna, faria hoje 50 anos.

1 comentário:

Miguel disse...

Este "blogue" está de luxo... Até espaço para o "Desporto Automóvel" consegue arranjar...

É verdade que a vida não estava fácil para Ayrton. Sucessor do seu velho rival Prost na Renault, estava longe de ter alcançado, nas primeiras corridas desse ano, os resultados esperados e Schumacher distanciava-se cada fez mais. O Williams não ajudava e há quem diga que aqui reside o motivo do drama: Senna tinha mandado "aligeirar" a parte da frente do carro, para a tornar menos dura e mais adaptável ao seu estilo de condução. E parecia ter resultado, porque comandava a corrida no momento do despiste...

Tomei conhecimento da morte dele ao estacionar o carro na Barão de Sabrosa. Escusado será dizer que, nesse dia, as bifanas e as imperiais não me souberam nada bem...