segunda-feira, 24 de novembro de 2014

NOTÍCIAS DO CIRCO


Há uma semana começaram os trabalhos da Comissão de Inquérito Parlamentar ao caso BES.

O governador do Banco de Portugal garantiu que tomou a decisão da medida de resolução sem consultar o governo.

 A Ministra das Finanças voltou a dizer que o governo não meteu prego nem estopa na resolução.

Ficou por esclarecer como não sabendo da resolução, tivesse o governo a necessidade de reunir clandestinamente para aprovar legislação que permitisse que o governador do Banco de Portugal apresentasse a solução encontrada para a eventual resolução do problema BES.

Não joga a bota com a perdigota.

Relata o jornal I:

Nota para o pequeno confronto entre a ministra e o deputado comunista Miguel Tiago, ia a audição na segunda das seis horas que durou. Miguel Tiago disse à responsável que "algumas declarações que fez [sobre a estabilidade do BES] vieram a revelar-se não verdadeiras" e a resposta foi exaltada: "Eu não menti em nenhum dos momentos em que falei neste parlamento e agradeço que o senhor deputado não volte a dirigir-se a mim nesses termos."
Apesar de todas as garantias, há uma questão que ainda não ficou esclarecida: como pôde o BdP tomar uma decisão destas sem consultar as Finanças? E outra, mais sensível e importante para os contribuintes: esta opção comporta ou não custos para o contribuinte? Maria Luís garante que não. Os deputados recordam que o Fundo de Resolução é tutelado pelo Ministério das Finanças. E que só a contribuição para este fundo da Caixa Geral de Depósitos, o banco público, chega aos 30%.

Os trabalhos da comissão serão retomados a 3 de Dezembro com a presença da família Espírito Santo.

Legenda: imagem do Público.

Sem comentários: