quinta-feira, 19 de novembro de 2015

CAVAQUICES


 Os jornalistas Filipe Santos Costa e Liliana Valente publicaram, há semanas, um livro sobre o semanário O Independente desde o ano da sua fundação Maio de 1988 até à saída de Paulo Portas, ano de 1995.

Chamaram-lhe O Independente: A Máquina de Triturar Políticos.

O jornal, entre 1988 e 1995, dedicou 91 manchetes aos governos de Cavaco Silva.
Cavaco Silva foi devidamente adjectivado.

São estes os mimos:

Vaidoso, vulgar, manipulador, demagogo, narcisista, cínico, estatista, burocrata, maníaco, altivo, autocrata, burocrata, autoritário, despótico, carismático, egocêntrico, justiceiro, pseudo-iluminado, bimbo, banal, curto, limitado, paroquial, paroquial, parolo, prepotente, medrosos, sem brilho, sem dimensão, arrivista, reacionário, obtuso, confuso, cego, surdo, esquálido, interesseiro, inepto, simplista, oportunista, populista, mediano, salarzinho de subúrbio, imitação barata, vingativo, tosco, arrogante, um bom hipócrita, pequeno, piroso, pusilâmine.

Claro que faltam outros tempos do personagem Cavaco.

Tempos não abrangidos pelo espaço pauloportiano de O Independente.

Os tempos, por exemplo, das negociatas com o BPN.

O tempo como presidente da república.
Que chamaria Portas, e o seu clã, a este mais recente cavaquismo?

Segundo Paulo Pena, jornalista do Público, o livro é um divertido e surpreendente regresso ao passado de muitas figuras importantes da política portuguesa. E, por essa via, uma útil explicação de alguns mistérios do presente.

Fonte: Público de 6 de Novembro de 2015

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