quinta-feira, 13 de maio de 2021

PALAVRA QUE NÃO É INVENTADO


17 de Dezembro de 1965

Hoje, dia do aniversário da Rosalia, encheu-se a casa de muita gente a festejar a data, aliás assinalada por vários acontecimentos que me acordaram no coração a velha angústia de punhais amarelos que eu julgava adormecida para sempre.

Terminei a noite a rir… A rir com gosto deste verdadeiro pedacinho de ouro que se me deparou inesperadamente durante a leitura de um artigo encomiástico sobre A Memória das Palavras, inserto no Jornal do Ribatejo e assinado pelas iniciais H.F.S.:

«E se eu um dia chegasse a mandar, A Memória das Palavras seria livro de leitura obrigatória em todas as escolas e liceus do País.

Palavra que não é inventado.

Corei até às raízes mais profundas da vergonha.

José Gomes Ferreira em Dias Comuns Volume I

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