Soube-se
agora que a lendária actriz norte-americana Kim Novak vai ser homenageada em
Setembro na 82.ª edição do Festival de Cinema de Veneza com o Leão de Ouro de
Carreira.
«Tendo-se
tornado inadvertidamente uma lenda do cinema, Kim Novak foi um dos ícones mais
queridos de toda uma era de filmes de Hollywood, desde a estreia auspiciosa em
meados da década de 1950 até ao exílio prematuro e voluntário da gaiola dourada
de Los Angeles pouco tempo depois”, justificou o director artístico do festival,
Alberto Barbera.
Em 1966, Novak abandonou a sua carreira em Hollywood por vontade própria e
dedicou-se à pintura.
Uma velha
história:
Depois de se
apresentar nos Óscares de 2014, muitos - incluindo Donald Trump - insultaram a
sua aparência.
Donald Trump
foi um desses: "A Kim devia processar o seu cirurgião plástico!",
escreveu no X.
Novak
respondeu com uma carta aberta, escrevendo: "Não vou continuar a
proibir-me de falar contra os rufias".
Como não
podia deixar de ser, Kim Novak tem etiqueta neste Cais, onde poderão reler as
magníficas crónicas do Luís Miguel Mira sobre A Mulher Que Viveu Duas vezes.
Também temos Kim Novak com Frank Sinatra em Pal Joey e o João Bénard da Costa a lembrar:
«Sinatra bebia como Sinatra. Rita
Hayworth bebia como Rita Hayworth. Entre os dois Kim Novak ainda quer fazer
figura de anjinho. Mas quando passa a gostar a sério de Sinatra, as asas
caem-lhe. Há uma noite homérica. Acordam os dois de ressaca. Sinatra, por uma
vez moralista (e talvez com saudades de Rita Hayworth, resolve perguntar aos
botões porque é que as pessoas bebem tanto se no dia seguinte é tão mau.
Responde Kim Novak: “É porque é tão bom na noite anterior”. Sinatra fica-lhe no
papo.»
E ficamos com
duas canções do filme Pal Joey.

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