terça-feira, 7 de junho de 2011

JANELA DO DIA


1.
Curiosa a história, contada por Óscar Mascarenhas de que, Miguel Gaspar, director-adjunto do “Público”, não fosse ouvir das boas por parte dos reguladores, anunciava o resultado das eleições logo na edição de domingo:

“Ganhou a troica. Com maioria de dois terços.”


 2.
Não tenho qualquer ponta de dúvida de que as sondagens são um negócio, como outro qualquer, e um bom negócio, não só para as empresas que as realizam, como para os órgão de comunicação que as publicam e, a mando de alguém, sobre elas especulam para atingir determinados fins.

No dia 25 de Maio, o “Diário de Notícias” colocava na 1ª página que PS e PSD se encontravam empatados. Esse “empate técnico” foi-se mantendo ao longo dos dias, para no dia 2 de Junho, o mesmo “Diário de Notícias”, estampar na 1ª página que o PSD disparara.

Claro que sou um ignorante na matéria, mas ninguém me tira da cabeça que é, quase, impossível existir um “empate técnico” e assim, num ápice mágico, um dos partidos voar.

A desculpa apresentada, para a discrepância, é atribuída às respostas dos, até então, indecisos.

Nitidamente uma história para camelos ouvirem…




Isto apenas tem um nome: manipulação.

A intenção foi mostrar a possibilidade de o PS ficar muito junto ao PSD, ou até, veja-se lá, ganhar as eleições.

Tal cenário obrigaria a que parte do eleitorado que desejava,  
a todo o transe, ver-se livre de José Sócrates , escolhesse o PSD como preferência de voto.
Uma maneira de evitar estes jogos sujos, rasteiros, poderia resolver-se com a determinação de as sondagens só poderem ser publicadas até ao começo das campanhas. Eleitorais.

3.
Miguel Relvas disse hoje ao país que a primeira reunião formal entre PSD e CDS-PP, com vista à formação de um novo Governo, vai realizar-se amanhã pelas 10 horas.

4.
No entretanto, a eurodeputada socialista, Ana Gomes, em entrevista à “Antena 1”alertou para os riscos de nomear Paulo Portas para o novo governo, e ainda mais como ministro dos Negócios Estrangeiros, invocando "comportamentos pessoais questionáveis" do líder do PP e foi ao ponto de dizer que Portugal arrisca uma humilhação internacional semelhante à que a França está a atravessar com o caso de alegada violação e rapto de uma empregada de hotel por parte do director do FMI. Dominique Strauss-Kahn.

De uma maneira suave, classifique-se esta atitude de Ana Gomes, como insensatez.
No entanto, ocorre-me relembrar à família de Ana Gomes de, com rigor, verificar se ela, todas as noites, toma os comprimidos.

É esta a classe política dos dias que vamos tendo…

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