quinta-feira, 24 de maio de 2012

OLHAR AS CAPAS


Para Acabar de Vez Com a Cultura
Woody Allen
Tradução de Jorge Leitão Ramos
Capa de José Cândido
Bertrand Editora, Lisboa Janeiro 1989.

Um homem aproxima-se de um palácio. A única entrada está guardada por alguns hunos façanhudos que só deixam entrar homens que se chamem Júlio. O homem tenta subornar os guardas oferecendo-lhes o fornecimento por um ano de bocados escolhidos de galinha. Eles nem desprezam a oferta nem a aceitam, mas agarram-lhe simplesmente o nariz e torcem-no até parecer um parafuso Molly. O homem diz que é imperativo que entre no palácio porque traz uma muda de roupa interior ao imperador. Quando os guardas mantêm a recusa, o homem começa a dançar o charleston. Eles parecem gostar da dança, mas em breve torna-se mais impertinentes que o tratamento dado aos Navajos pelo Governo Federal. Já sem fôlego, o homem desfalece. Morre nunca tendo visto o imperador e ficando a dever sessenta dólares aos tipos da Steinway, de um piano que lhes alugara em Agosto.

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