quarta-feira, 6 de julho de 2016

NOTÍCIAS DO CIRCO


A Mota-Engil, por isto ou por aquilo, não deixa de ser notícia.

Soube-se agora que a construtora terá beneficiado da suspensão provisória de um processo depois de ter pago cerca de seis milhões de euros em impostos em falta, detetados na investigação da Operação Furacão.

A Mota-Engil teve de pagar os impostos em falta e juros de mora para que houvesse uma suspensão provisória do processo. Se não se verificar reincidência o caso é arquivado.

Antes tínhamos ficado a saber que o ex-ministro Paulo Portas entrara para os quadros altos da construtora para consultor político económico para a América Latina.

Alguns jornalistas conseguiram lembrar-se que a Mota-Engil, nos quatro anos do governo de direita, integrara seis missões lideradas por Paulo Portas a cinco países da América Latina.

A propósito deste não luto do político Paulo Portas, concluía Pedro Santos Guerreiro na sua coluna no Expresso:

Não há moralismo nesta coluna mas há moral nesta história. Estar na política é ser estupidamente mal remunerado, sair da política para onde nunca se esteve é ser estupidamente bem remunerado. É o que é. Não é o que sempre foi. É o que sempre será? Visto deste lado, Portas pode bem andar de Mota. Terá de certeza uma carreira de sucesso. Afinal, visto deste lado, governar o país parece ser para isto: para se governar depois. 

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