A
Mota-Engil, por isto ou por aquilo, não deixa de ser notícia.
Soube-se
agora que a construtora terá beneficiado da suspensão provisória de um processo
depois de ter pago cerca de seis milhões de euros em impostos em falta,
detetados na investigação da Operação Furacão.
A Mota-Engil
teve de pagar os impostos em falta e juros de mora para que houvesse uma
suspensão provisória do processo. Se não se verificar reincidência o caso é
arquivado.
Antes tínhamos
ficado a saber que o ex-ministro Paulo Portas entrara para os quadros altos da construtora
para consultor político económico para a América Latina.
Alguns
jornalistas conseguiram lembrar-se que a Mota-Engil, nos quatro anos do governo
de direita, integrara seis missões lideradas por Paulo Portas a cinco países da
América Latina.
A propósito
deste não luto do político Paulo Portas, concluía Pedro Santos Guerreiro na sua
coluna no Expresso:
Não há moralismo nesta coluna mas há moral
nesta história. Estar na política é ser estupidamente mal remunerado, sair da
política para onde nunca se esteve é ser estupidamente bem remunerado. É o que
é. Não é o que sempre foi. É o que sempre será? Visto deste lado, Portas pode bem
andar de Mota. Terá de certeza uma carreira de sucesso. Afinal, visto deste
lado, governar o país parece ser para isto: para se governar depois.
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