Quando Dona Uva, esposa de Durão Barroso, disse num comício, estava ele a trabalhar
para essa ideia de que um dia seria primeiro-ministro só não sabia quando, chegou-se à boca de cena e disse que
devíamos seguir o cherne.
Citava um
poema de Alexandre O’ Neill que terá dado uma catrefada de trambolhões lá pelo sítio para onde se retirou.
Agora que Durão ascendeu a chairman da Goldman Sachs, o banco que manda no mundo, tem ouvido
das boas, mas esse é o lado para onde ele dorme melhor.
No Diário de
Notícias de domingo, dois textos de opinião:
Pedro Marque
Lopes chama-lhe O Grande Facilitador
Pedro Baldaia sente Vergonha e pena de Durão Barroso
Durão ‘Calimero’ Barroso é o perfeito e lamentável retrato da
mediocridade confrangedora da generalidade dos dirigentes políticos que fingem
mandar na Europa e no Mundo, mas que, na realidade, não passam de cães de
guarda e serventuários da plutocracia, sobretudo da alta finança que suga a
riqueza dos povos
Também o
comentador Alfredo Barroso sentiu tremeliques nas pontas dos dedos e lembra que
a Goldman Sachs é uma instituição que é responsável, entre outras patifarias, por
ter ajudado um governo grego de Direita a mascarar as contas públicas, para a
Grécia poder ser admitida na zona euro.
Na opinião
de Alfredo Barroso, Durão Barroso foi um
mau primeiro-ministro, constatação que o deixa revoltado porque apesar desta
estrondosa derrota, foi ‘premiado’ pela direita europeia com o cargo de
presidente da Comissão Europeia, durante 10 anos de crise e decadência cada vez
mais acentuada da União Europeia.
Acusando o
antigo presidente da Comissão Europeia de ter sido um sabujo de Angela Merkel e Nicolas Sarkozy”, que vai agora ganhar
pipas de massa, Alfredo Barroso diz ser surpreendente a forma como Durão
está a reagir às críticas de que está a ser alvo. Tem a lata
de se portar como uma virgem ofendida e de pôr-se a fazer de Calimero -
"it's an injustice, it's an injustice!" [é uma injustiça, é uma
injustiça] - perante as críticas inteiramente justas que lhe são feitas pelos
que o acusam de promiscuidade entre política e negócios.
E remata:
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