terça-feira, 12 de julho de 2016

AS CORRERIAS DO CHERNE POR UMAS PIPAS DE MASSA


Quando Dona Uva, esposa de Durão Barroso, disse num comício, estava ele a trabalhar para essa ideia de que um dia seria primeiro-ministro só não sabia quando, chegou-se à boca de cena e disse que devíamos seguir o cherne.

Citava um poema de Alexandre O’ Neill que terá dado uma catrefada de trambolhões lá pelo sítio para onde se retirou.

Agora que Durão ascendeu a chairman da Goldman Sachs, o banco que manda no mundo, tem ouvido das boas, mas esse é o lado para onde ele dorme melhor.

No Diário de Notícias de domingo, dois textos de opinião:

Pedro Marque Lopes chama-lhe O Grande Facilitador

Pedro Baldaia sente Vergonha e pena de Durão Barroso

Também o comentador Alfredo Barroso sentiu tremeliques nas pontas dos dedos e lembra que a Goldman Sachs é uma instituição  que é responsável, entre outras patifarias, por ter ajudado um governo grego de Direita a mascarar as contas públicas, para a Grécia poder ser admitida na zona euro.

Na opinião de Alfredo Barroso, Durão Barroso foi um mau primeiro-ministro, constatação que o deixa revoltado porque apesar desta estrondosa derrota, foi ‘premiado’ pela direita europeia com o cargo de presidente da Comissão Europeia, durante 10 anos de crise e decadência cada vez mais acentuada da União Europeia.

Acusando o antigo presidente da Comissão Europeia de ter sido um sabujo de Angela Merkel e Nicolas Sarkozy”, que vai agora ganhar pipas de massa, Alfredo Barroso diz ser surpreendente a forma como Durão está a reagir às críticas de que está a ser alvo. Tem a lata de se portar como uma virgem ofendida e de pôr-se a fazer de Calimero - "it's an injustice, it's an injustice!" [é uma injustiça, é uma injustiça] - perante as críticas inteiramente justas que lhe são feitas pelos que o acusam de promiscuidade entre política e negócios.

E remata:

Durão ‘Calimero’ Barroso é o perfeito e lamentável retrato da mediocridade confrangedora da generalidade dos dirigentes políticos que fingem mandar na Europa e no Mundo, mas que, na realidade, não passam de cães de guarda e serventuários da plutocracia, sobretudo da alta finança que suga a riqueza dos povos

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