Num desses cafés, desde o meio da manhã até
ao meio da tarde, três ou quatro mesas estavam sempre reservadas para uma gente
que se juntava ali todos os dias e cedia, a horas sacramentais, o lugar a
outros que chegavam depois – os primeiros eram advogados, militares na reserva,
políticos, coisas assim; os segundos pertenciam à fauna suspeitíssima que são
os artistas e esses das letras, cujo préstimo verdadeiramente até hoje ninguém
descobriu.
Eugénio de
Andrade
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