Dia
de finados.
A
minha avó Brígida marcava o dia de finados acendendo, numa grande cómoda, de
madeira muito antiga, lamparinas que se reduziam a um pires com azeite e um
paviozinho, colocadas junto aos santos de devoção e às fotografias dos seus
mortos.
O meu
avô exasperava-se com esta devoção. Dizia-me que o que devemos é respeitar e
amar as pessoas enquanto andam ao nosso lado, o resto é hipocrisia e os
fantasmas devemos deixá-los em seu sítio.
No
livro A Breve Vida das Flores de Valérie Perrin:
«Sabemos que hoje estarias connosco se o céu não fosse tão longe.»

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