José Medeiros Ferreira escrevia, há dias, que Pedro Passos Coelho começa a ser perigoso para o bom funcionamento da sociedade.
O homem é um mero cabeça de turco, um títere, a quem deram o brinquedo que lhe satisfaz as vaidades que durante tanto tempo perseguiu.
Mas o problema não é Passos Coelho.
O problema é o que está por detrás, o que está na sombra, os que lhe dizem que agora vai fazer assim, agora vai fazer assado.
Essa gente é uma cáfila com milhares de rostos.
Nomes também.
Esqueçamos o palhaço que colocaram na montra, nem sequer sabe o que anda a dizer e a fazer, e vamos lá atrás aos fundos do edifício, tirá-los do poleiro, acabar-lhes com a bazófia.
Disse-o, de uma outra maneira, Jerónimo de Sousa no comício da Festa do Avante.
Eles não são principiantes! Eles são mestres na arte da exploração dos trabalhadores e dos povos, para servir os senhores do dinheiro. Na sua maioria cursaram e fizeram tirocínio nas escolas do pensamento neoliberal, nos alcatifados da União Europeia e nas mais afamadas administrações dos grupos económicos e das grandes instituições financeiras, cujas portas estão sempre abertas a um regresso, depois de uma “sacrificada comissão de serviço público”. Eles são peritos na arte da mistificação. Eles nunca se enganam na receita e o feitiço nunca se vira contra eles, nem contra os interesses que servem, mas contra os trabalhadores, contra o povo.
Sim, estamos à espera de quê?
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